« Há
tanta coisa que te quero dizer, mas não tenho a certeza de por onde começar.
Deveria começar por te dizer que te amo? Ou que os dias que passei contigo
foram os mais felizes da minha vida? Ou que o pouco tempo que passámos juntos
foi suficiente para me convencer de que o nosso lugar é ao lado um do outro? Podia dizer-te tudo
isto, e tudo seria verdade, contudo, ao reler o que escrevi, não consigo pensar
em mais nada para além de que adorava poder estar contigo neste momento de mãos
dadas, a
ver o teu sorriso esquivo.
De
futuro, sei que irei relembrar constantemente o tempo que passámos na companhia
um do outro. Vou
ouvir o teu riso, e ver o teu rosto, e sentir o teu abraço. Vou sentir falta de tudo isso,
mais do que possas imaginar. (…)
Todos
os dias, penso em ti, e sei que, quando nos virmos amanhã, despedir-me de ti
vai ser a coisa que até hoje mais me custou na vida. Por um lado, sinto receito
de que chegue o dia em que tu já não sintas o mesmo por mim, que de alguma
forma te esqueças dos momentos que partilhámos, por isso é isto que pretendo
fazer. Onde
quer que estejas e independentemente do rumo que a tua vida levar, sempre que a
primeira noite de lua cheia chegar –
como naquele dia – quero
que procures o céu noturno.
Quero que penses em mim e nos momentos que passámos juntos, porque, onde quer
que eu esteja e independentemente do rumo que a minha vida levar, é
precisamente isso que eu vou fazer. Já
que não podemos estar juntos, pelo menos isso podemos partilhar, e talvez,
entre ambos, consigamos fazer com que a nossa relação dure para
sempre. »